SILÊNCIO
È no silêncio que podemos ouvir as almas.
Rogo ao leitor: Declama os versos pra dentro.
AUTORRETRATO
Não habito por muito tempo nos moldes que crio.
(fazer um autorretrato me é impossível).
QUASE
O quase é um desejo debruçado no parapeito, espreitando o
inacabado...
REINVENÇÃO
A melancolia para a beira do precipício. A desilusão dá um
passo a frente. É quando se descobre que se têm asas.
MEDO
No amor reside o grande perigo. O medo é que nos aponta o
caminho certo.
FOME
A poesia é a fome das
palavras. As palavras alimentam os sonhos. O cardápio precisa ser renovado.
MORTE
De tantas vezes que já morri, descobri a possibilidade das
eternidades.