Demasiadamente sábia
Não pode ver a beleza
Nas malhas da ignorância
Pode haver muita leveza
Demasiadamente forte
Não percebeu a fragilidade
Rochas se desfazem nas águas
Que batem com hostilidade
Demasiadamente grande
Não se encantou em nada
Coisas pequenas passaram
Mas a visão era embaçada
Demasiadamente humana
Não deu lugar ao engano
Nem ao prazer da descoberta
Achou-se, sempre, esperta
Demasiadamente só
Pois só o vazio é tão forte
Nada lhe ameaça a sorte
O seu destino é o pó
Nenhum comentário:
Postar um comentário