"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

fevereiro 23, 2013

Teimosa, sim!

por Sônia Arruda





É por pura teimosia
Que a máquina do tempo
Insiste em me lembrar
Que há hora pra dormir
Que há hora pra acordar

Que há momento certo
Pra fazer isso ou aquilo
Pra ir daqui pra outro lugar
Que ócio é tipo de vício
Que o dia está sempre a acabar

É por teimosia maior ainda
Que ela marca e eu nem ligo
Invento outro modo de contar

Minto que a tarefa é finda
Sobre o amor, finjo que acredito
Que existe tempo certo para amar

Um comentário:

Flávia Côrtes disse...

A-do-rei....!!!! :)