"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

maio 28, 2012

In sana

por Sônia Arruda



Mora em mim um desejo de lagarta
Qual grande hiato que tem pressa
De deixar esse status do ser

Dorme em mim um sonho de bravata
Luto com qualquer arma que impeça
A ferida que faz tua alma morrer

Dança em mim um vento de mata
Desejos são folhas dançando à beça
Baile que vai até o amanhecer

Em mim, há o antídoto que trata
Febre sem termômetro que meça
Os graus que te fazem arder

Um comentário:

Henrique Biscardi disse...

Meu amor...lindo!!!!