"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

maio 29, 2012

Quando a morte vier


por Sônia Arruda

Que a morte me encontre ocupada
Com coisas urgentes por fazer
Que não lhe possa dar atenção

Que a morte me encontre embriagada
Inconsciente do que tenho a perder
E se debande em compreensão




Que a morte me encontre encantada
Bailando no vento com tal prazer
Que não queira deita-me ao chão


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