por Sônia Arruda
Canto
suspenso e voz negada
Ideias
deixam de contradizer
E já não
mais se contrapõem
Perguntar,
refutar, responder
Lógica do
provável na saliva
Esconde-se,
cede lugar à escrita
Que é
seca e branca e negra flor
E a única
razão que lhe hidrata
É esse
tal sentimento de amor
Morre,
então, a dialética
Mas fica
a situação abstrata
Que só
desejo de compreender
Não torna
o dilema possível
Preciso é
se deixar perder
Nas
linhas e entre os hiatos
Sem
buscar um fato crível
Sem tese,
antítese ou síntese
Apenas, a
impressão de viver
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