por Sônia Arruda
A poesia não termina em laço
Que se façam nós, é exigível
E que não se dê ponto sem nó
Nessa teia de verso invisível
Nó de corda que ata palavras
Nó que é ponto de conexão
Medida marginal de velocidade
No caule da planta, interseção
Poesia se faz com nó na garganta
Nas tripas e nos pingos d’água
Na estrada, nó é curva fechada
Tumor da madeira enfeita a tábua
E, se a inspiração deixa o papel
De angústia sufoco e quase morro
O Nó é o último apelo: “Ajudai-me
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!”
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