Onde o perfume das flores
Arrancadas a esmo de caules?
Onde a música das aves
Suas colcheias e claves?
Onde a viração do outono
Que tomba as secas folhas?
E onde se esconde aflita
A alma sem o corpo dono?
Cheiros, ventos e músicas
Em novo lugar se escondem
Desconsolado espírito procura
Parece vê-los, mas somem
Somem nas mãos que colhem
Que trancam, que varrem
Deixando só a lembrança
Que não se toca - é miragem
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