"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

dezembro 15, 2011

A noite brilha nos olhos da mulher











por Sônia Arruda


O brilho era um convite
O brilho nos olhos
O brilho na lua
O brilho no corpo
De pérola

Teu colo, uma concha
Tua língua de ostra
Envolvendo o gosto
Abrasando a pele
De mármore

A noite se demorava
Sem pressa, se esticava
Não era noite qualquer
Noite de brilho nos olhos
De mulher




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