por Sônia Arruda
Quando partires daqui
Capturado no olhar doce
Não leves o meu reflexo
Como se teu ele fosse
Nem carregues nos ombros
Meu peso pouco de pluma
Disfarçado em brancas asas
Perdidas na fresca bruma
Me deixa com as pérolas
Com conchas e sementes
E as, ainda, brutas pedras
E meu querer indolente
Quando partires de mim
Nenhum milímetro contigo
No corpo fugitivo, carregues
Até a dor, deixa comigo
Que só leves tua memória
Que essa, não me pertence
Pra que eu continue a história
Há tanto pra ser vivido
Que recebo toda contente
Mais um poema recém-nascido
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