Quero o teu amor maduro
que se desmancha na boca
não passa com as estações
e sobrevive no inverno
Que vai além dos verões...
Quero a tua língua cheia
de amor. E tuas palavras
que não brotam dos dedos
Deixa isso para os poetas!
Alimenta meus ouvidos acesos
Nos teus braços presentes
eu dormi um sono tranquilo
onde era árvore e envolvia
com meus ramos, teu peito
e o antigo medo se encolhia
E ao acordar, de novo, gente
(Pois a árvore ficou no sonho)
nas tuas mãos de raízes
que as minhas seguravam
encontrei alegrias possíveis
E, de teu amor sem promessa
Eu quero me lambuzar
Inteira, toda, sem pressa...
Não quero o sentir inseguro
Que não pode nem degustar
O sabor de um fruto maduro
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