por Sônia Arruda
A figura da morte passeia
na transitoriedade da vida
esqueleto traz, na mão, a foice
noutra mão, ampulheta de areia
A presença permanente
de personagem tão temida
vestida em traje de caveira
às vezes, parece atraente
E o tempo finito, então, fenece
Escorrega pelo pequeno orifício
entre câmaras transparentes
e, junto ao sonho, desaparece
"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"
Sônia Arruda
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