por Sônia
Arruda
Não me
importa se pedras vão rolar
Nem com
quantos paus se faz canoa
Nem se,
após um dia, outro virá
Meu canto
de cigarra embala o ar
Logo, não
levo uma via à toa
Não perco
tempo escolhendo caminho
Dúvidas não
me tiram o sono
Do que me
mata a fome de agora
Sigo atrás
qual cão sem dono
E nada
guardo pras próximas horas
Sou assim.
Esse o meu destino
Cantora
alegre com pouco tino
Que me
importam opiniões alheias
Canto mais
alto, não desafino
Páreo pra
mim, só as sereias
Bem sei
que me invejam a leveza
O jeito
de, de galho em galho, pular
Sem que
nunca me falte à mesa
Alimento que
afogue a vil tristeza
Nem amor
que me faça cantar
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