por Sônia Arruda
Há o barulho líquido do rio
Escorrendo entre as letras
E cheiro molhado de pétalas
Nos espaços desabitados
Que as palavras deixaram
Há sensações de asperezas
E sons de aparente lisura
Nos contornos de cada traço
Há desvios pras incertezas
Imagens de muita procura
Há toda espécie de cores
Nos signos feitos de riscos
Banquete de dois consortes
Um que escreve, o outro lê
Conversam, mas só silêncio
Alimenta os dois convivas
Que, alheios ao mundo, vivem
História que ninguém mais vê
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