por Sônia Arruda
Eu, carregada de agonia
Nesse caminho do mundo
Por vezes, caio. Levanto!
Esse é o destino, a história
Do ser habitante profundo
Homem lobo que não sabe
Se é homem ou se fera é
Só sabe que caminha só
Sem a discreta companhia
De tímida alma sequer
Esfola os joelhos no pó
Mas, se na estrada houver
Algum atalho mais regular
(Caminho de pedras faz dano
Mas não é possível escapar)
Melhor é, nem pestanejar
E logo fugir do vil engano
A terra é mesmo acidentada
O solo traz seculares marcas
Só não lhe conhece os grãos
Mãos que lhe recusam toque
Mãos que lhe recusam toque
Pés que lhe recusam pisadas
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