por Sônia Arruda
Triste, o meu olhar seguia
as gotas que escorriam
naquela vidraça embaçada
hálitos e suspiros de agonia
Pessoas passavam lá fora
com seus sorrisos escondidos
na tarde cinza, deslizavam
sob um céu todo encardido
Poças não eram obstáculos
àqueles pés que se metiam
mergulho n’água suja e fria
E a chuva, feita tentáculos
molhava trajes que vestiam
os corpos de mentes vazias
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