"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

janeiro 06, 2012

Interrompida

por Sônia Arruda

No céu rasgado de ansiedade
O azul tornou-se interrompido
Nublou-se o instinto inicial
Até meu soluço foi engolido


O suor ressecou na pele fria
Coração a ponto de congelar
Entrava num estado quieto
No peito, quase não batia


Deixa-o, então, na calmaria
Há um tempo pra recuperação
Deixa-o imerso na nuvem fria
Protegido da bruma da ilusão



Um comentário:

Nanashi disse...

Perdoe-me, não sei se o comentário foi enviado, tive um problema aqui na internet. Segue abaixo o comentário.
Esse tal amor parece ser até um déjàvu, mas sempre nos surpreende, nunca na verdade sendo algo já vivido. Nos deixando perplexos e sem fala e até mesmo cegos. Mas estamos sempre prontos para esperar... Sei que quando escrevemos nunca alguém poderá compreender realmente o queremos, quiçá alguém consiga. Mas... Fui isso que consegui sentir quando li o que escrevera.