por Sônia Arruda
Buscava a certeza das manhãs seguintes
E um céu ameno pra lhe cobrir as dores
Sereno véu banhando a alma abrasada
Alma seca, alma árida, alma esturricada
Tentava, com tanto esforço e tanto afinco
Que todo o universo, solidário, conspirava
Alterando as velocidades das órbitas
E, nas alegrias, o tempo mais se demorava
Nada na natureza ficava indiferente
Ao seu desejo de encontrar felicidades
De plantar árvores nos quintais vazios
Pintar poemas em muros de austeridades
E, assim, a tristeza não ganhava espaço
Ficava meio sem jeito, visita indesejada
Sem raízes não criava apego, não vingava
Boas escolhas moviam cada novo passo
Fazendo uma grande festa da caminhada
Deixando rastros de amores por onde passava
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