por Sônia Arruda
Sonhei contigo e te extraí
Das sombras que sonhos são
Acordei com tua luz confusa
Onde antes havia escuridão
Os olhos cerrei e nem assim
A imagem tua se desfez
Te vesti de certezas que tinha
Sem deixar espaço pro talvez
Fiz contigo uma aliança
Espécie de pacto de amor
Que, pensei, me faria feliz
Fechei o caminho pra dor
Nem percebi que eras feito
De material etéreo e vago
Por isso, fostes um malogro
Às vezes, se sonha errado...
"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"
Sônia Arruda
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