por Sônia Arruda
Não me digas que não tens tempo
Que desfrutar, não mais se permite
De um tolo prazer sem mais intento
Que olhar a lua ao meu convite
Não me venhas com promessas
De que noutro dia estarás pronto
Que eu não ficarei aqui à espera
Da tua fome incerta do encontro
Não aceitarei as tuas desculpas
De agenda cheia, compromissos
Pois sempre acharei um momento
Para encher com muitos sorrisos
Azar é o seu, unicamente, seu
Se o teu relógio é máquina cruel
A lua não sabe a hora exata
Para fazer pose no escuro céu
"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"
Sônia Arruda
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