por Sônia Arruda
Quando o amor se vai
Para onde é que ele vai?
Que novo corpo alcança
Pra vestir de esperança?
Quando acaba o encanto
E oxigênio não há mais
A chama da vela apaga
Noite cai e cobre a terra
Perde sentido o pranto
E em busca de outro cais
Barca que não naufraga
Desejo que não encerra...
Segue ao sabor do canto
Das aves que o vento trás
Longe o medo que esmaga
Segue, vai, acerta... e erra
"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"
Sônia Arruda
Nenhum comentário:
Postar um comentário