"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

fevereiro 18, 2011

De quando contava os passos













por Sônia Arruda


Quando criança
Contava os passos e tentava
Tentava me desligar da distância
E do tempo que dispendia pra chegar
Um, dois, ...mil! Era meu mantra
Que aliviava o tédio e o cansaço
De minha emoção menina


Hoje,  já não conto mais os passos
Nem conto as horas passadas
Desisti! Não conto nada!


Apenas, caminho pela vida
Sem pretender controlar o caminho
Como admirar o voo dos pássaros
Com o olhar encerrado em cada passinho?

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