"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

novembro 27, 2010

Chora, Rio...

por Sônia Arruda


Hoje quero chuva de balas
De açúcar e fruta misturada
Perdidas, cruzando os céus
E, de beijos, uma rajada


Quero menino em escola
Família ao redor da mesa
Passear sem medo pela rua
Olhar o outro sem estranheza


E que o olhar alienado
Não alcance nenhum sentido
Não turve a consciência
Me fazendo, também, bandido

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