"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

setembro 19, 2010

Canção da Chuva

por Sônia Arruda


A chuva lavou a folha
A chuva lavou o fruto
E lavou meu rosto


A chuva levou o medo
A chuva levou o vento
E levou meu pensamento


A chuva é volúpia d`água
No oceano de meu desejo


É como o ingênuo amor
Que chega, molha e passa

3 comentários:

Valeria Ferrari disse...

Muito me orgulha ter uma amiga poetiza...bjs. com saudades.
Valeria

Ulisses Reis ® disse...

MUito lindo teus poemas, eu irei voltar aaqui para ler e comentar, tenha um lindo dia, e vamos ao Sarau da Reggina, beijos !!!!

Puro aço

Parte de mim garimpa
A outra nunca esta limpa
Parte de mim é arte
A outra não existe sem aparte
Então uma completa a outra
E a outra descompensa à parte
Que unidas são uma
E separadas não faz falta
Não te digo o que faço
Para não saber do puro aço
Que é o sentimento que refaço
Então aqui no teu garimpar
Deixo uma semente do intransitivo
Verbo muito popular

Ulisses Reis®
23/09/2010

Para Sonia Arruda

Unknown disse...

Lindo...
Linda!