"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

março 03, 2009

Pranayama


por Sônia Arruda

Recebo teu corpo
como recebo o prana
que entra em mim devagar
e profundamente

recebo a tua língua úmida
na minha boca ardente
e teu peito sobre o meu peito
repetidamente



quero te prender, te morder, te possuir
com minhas mãos, com minha boca, com meu sexo
não quero que me escapes
que nada em ti me escape

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