"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

janeiro 03, 2012

De dores e de risos

por Sônia Arruda

Eu tenho todas as dores
Dores minhas, e do mundo
Quando não choro, empedro
Se choro, verto mar profundo

Eu tenho todos os risos
E vários brilhos no olhar
Feita de barro e de carne
Eu não desisto de sonhar

Um comentário:

Nanashi disse...

E assim amadurecemos nossos pensamentos e cada vez que machucamos, nos parece uma queda cada vez mais difícil de se levantar. Mas, sempre encontramos força para erguer e apoiar o corpo cansado na alma que carrega todo nosso feito... Gosto de refletir sobre o que tu escreve!