por Sônia Arruda
Ele tinha tanta lógica
Que lhe incomodavam
As minhas certezas
Tão pouco elas duravam
Era tão seguro e sólido
Desconfiança eu lhe trazia
E o meu projeto de castelo
De cartas, na mesa, ruía
A pressa era tão urgente
Que ficava paralisado
Ante minha ansiosa calma
O corpo quedava, cansando
Se incomodava com hábitos
Meus que não aprovava
Não possuía nenhum vício
Lhe bastava a vida, um sacrifício!
Não sei porque me procurou
Se já de antemão sabia
Que eu não poderia lhe dar
Alívio, se ele não queria
Não sei porque não deixou
Minh’alma errante e leve
Voando de cor em flor
Amando intenso, mas breve...
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