"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"
Sônia Arruda
agosto 12, 2011
Encontro II
por Sônia Arruda
porque é sempre bom celebrar os encontros
Tu tocas... e eu canto
Canto as belezas do mundo
Canto, também, o que não é belo
E, assim, cantando, juntos
Fazemos do Amor um ato de coragem
Um espinho e a sua redenção
Pois o amor que temos
Não cega ou exclui
Não é tarja preta nem rótulos vãos
É poesia e notas e é mais...
É silêncio que muito diz
Fala de opressão e de paz
Mesmo sem nada dizer
O amor que temos constrói
Transforma o sonho em real
E no real se torna (um) presente
Que, como rede irresistível
Acolhe e consegue, do outro
A sua única versão ouvir
E o enxerga próximo
Onde, antes, não o víamos
Olhos embotados pela venda
Ouvidos cheios de poeira
Tanta comunicação perdida
Na solidão de nosso umbigo
Nosso Amor é a possibilidade de ser
É vida que revive a todo instante
A cada momento do Querer
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