por Sônia Arruda
A libélula voou, voou
Tão faceira como fada
E de toda cor pintou
A face tua, desbotada
Encheu o vácuo do espaço
Antes vazio de lembrança
E fez incrível rodopio
Passo sedutor de dança
Trouxe a música nas asas
Ao roçar o ar em movimento
E escolheu perder a aposta
Na corrida contra o vento
Prefere a magia do seu voo
Lânguido, bem devagar
Pra que nesse breve intervalo
Possa o olhar amado mirar
"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"
Sônia Arruda
Um comentário:
Aodrei seus poemas, mas este é um dos mais lindos que já li...
realmente muito bonito.
Postar um comentário