"A poesia é também uma forma de filosofar, de tentar compreender o movimento da vida, dar-lhe algum sentido, traduzir-lhe para os outros seres, usando mais o sentimento do que a razão. Os ingredientes dessa arte de profundidade filosófica provêm das experimentações das situações que a própria vida fornece, tantas vezes, independente de nossas escolhas. E a tradução é sempre acompanhada de beleza, de leveza, porque não se prende a nenhum proprietário. A poesia se doa a todo aquele que se reconhece e se apropria daquilo que percebe nos seus versos. Está sempre em estado de transformação, sempre interagindo, sempre sendo traduzida segundo a emoção e o conteúdo interno daquele que lê, no momento em que lê. A poesia está sempre viva!"

Sônia Arruda

fevereiro 21, 2009

Desejo


por Sônia Arruda

Como a ave de rapina
Quero voar além dos limites seguros meus
E enxergar o intervalo das cores
Me perder na visão desse ponto... sublime!

Quero ouvir os gemidos cativos do teu gozo
E como cigana louca
Quero ler na tua mão e no teu sexo
Tuas verdades intermináveis

E como criança que brinca de esconder
Quero me perder em todas as esquinas
Para nelas encontrar cada uma de tuas faces
Todas belas... todas desejadas

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